segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

11. O Animal Agonizante

Ainda em abril, li o livro que ganhei em março de aniversário da minha enteada querida, o Animal Agonizante, de Philip Roth. Sabe quando uma leitura diz coisas que você preferia não ler porque lá no fundo você fica sacudido e questionando um pouco tudo aquilo em que você insiste em acreditar?

Faço as coisas desse modo porque isso me faz feliz ou porque eu acho que isso deveria me fazer feliz e por isso insisto que seja dessa maneira, porque é mais adequado, silencioso e asseado e dessa forma não incomoda ninguém?

No final foi bom porque cheguei à conclusão que faço as coisas dessa maneira porque me faz feliz.

Ou vai ver teimo em acreditar nisso...

O fato é que houve um lado (perverso ou talvez invejoso) em mim que ficou satisfeita em ver que, no final, o protagonista se dobra àquilo que julgava controlar e que nos controla a nós todos, no mais das vezes. Foi bom ver todo o sistema moral daquele cidadão virar escombro diante da força desmedida e indecorosa daquilo que não podemos domar.

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