quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
12. Minha formação
Paralelamente à leitura de "O Animal Agonizante", li "Minha formação", espécie de breve autobiografia de Joaquim Nabuco, outra figura grande da nossa história.
É o que eu sempre digo: há livros enormes que você lê de um fôlego só, porque são muito amarrados dentro de si e não exigem que você consulte informações por fora, nem mesmo num dicionário. E há aqueles pequerruchos que dão uma canseira danada, como foi o caso deste livrinho de enxutas 189 páginas em formato 11,5 x 18 cm (sabe aquela coleção de bolso da Martin Claret de péssimo mau gosto para capas que dá até vergonha de ler em público?) e tipos grandes, mas que me exigiu muito em pesquisa.
Nabuco era um jornalista que escrevia para os homens de seu tempo. Ele põe no texto (atira, praticamente) referências que para os viventes à época e profundos conhecedores de história do Brasil são bastante familiares, mas para quem não é uma coisa nem outra, como eu, fica difícil. "Sinimbu", assim, de chofre, derruba um incauto. Imagino que daqui a uns 30 anos (acho que estou sendo boazinha... daqui a uns dez anos), se alguém falar em ACM num texto os jovens também darão de ombros e se perguntarão "que diabos é ACM?".
Depois desta leitura, fiquei com muita vontade de ler a biografia que Nabuco escreveu sobre seu pai, "Um estadista do império", mas não acho vendendo em sebo algum.
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