Foi o caso da leitura que fiz logo em seguida, o romance Clara dos Anjos e mais outras histórias de Lima Barreto, que desde a adolescência me esperava da estante. A narrativa do que foi a vida, e sobretudo, a morte de Lima Barreto no livro de Sodré me levou às lágrimas. Como esse homem sofreu. Como lhe faltou reconhecimento em vida. Como é importante que não nos esqueçamos do seu papel e da sua obra após a sua partida.
A capacidade de ver e de dizer a verdade de Lima Barreto é ainda hoje estarrecedora. O drama de Clara dos Anjos, mulata de família modesta e ingenuidade suburbana, foi captado com tal realidade por este nosso gênio... gostei muito da leitura, também pela riqueza de descrição das paisangens do Rio periférico, aquele Rio que nunca lemos em Machado de Assis...
Penso que nas escolas, em vez de apresentar logo de cara “Triste fim de Policarpo Quaresma” para os jovens (que é genial e talvez por isso mesmo muito forte para quem está começando a tomar gosto pela literatura), devêssemos introduzir este Clara dos Anjos, que fala de uma realidade mais próxima e menos simbólica, de mais fácil acesso aos iniciantes.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
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