Bom, logo depois de Oliver Twist e Clara dos Anjos, ainda sob o efeito Werneck Sodré, comecei a ler uma biografia do José Bonifácio que achei vendendo na banca quando levava minha filha mais velha para a escola. É de uma coleção bem caretinha, algo como “Biografia dos brasileiros ilustres” ou algo ainda mais jeca, o texto é repleto de chavões mas sabe como é, de vez em quando tem o seu valor a gente ler descompromissadamente uma coisa assim meio brega...
Confesso que adorei e me apaixonei ainda mais pela figura de José Bonifácio, uma das mais curiosas de nossa história. Demais, foi interessante analisar que figuras exaltadas em Werneck Sodré são esculhambadas sem dó neste texto, que inicialmente foi publicado em anos de ditadura militar – o que já nos vai dando uma ideia do teor nada revolucionário do conteúdo, bem diferente do livro História da Imprensa no Brasil.
Penso que contra fatos não há argumentos. Uma coisa que me chamou a atenção na história de José Bonifácio foi que Dom Pedro I, ao abdicar e retornar a Portugal em 1831, deixou a tutela do futuro imperador Dom Pedro II com o patriarca, apesar de já então haver rompido relações com ele politicamente. Prova incontestável, no meu entender, que a despeito das dissidências no campo político, Bonifácio era um homem de uma honradez tal que Dom Pedro lhe tinha muita confiança.
A propósito, em maio fiz um passeio à ilha de Paquetá em comemoração do aniversário da primogênita e tive a oportunidade de conhecer a casa onde Bonifácio ficou exilado após a partida de Dom Pedro I (resultado de uma ação de seus inimigos políticos para neutralizá-lo). Vale a pena o passeio! Muitos costumam se lembrar mais da ilha por conta do romance "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo, mas esse não é o único lado famoso de Paquetá.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
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